Usabilidade e UX


Existe uma grande confusão ainda nos dias de hoje quando falamos de usabilidade e UX. Para muitos autores (principalmente anteriores a 2011), os dois conceitos se confundiam, sendo tratados por alguns como se definissem a mesma coisa, ou seja, o modo como o usuário interagia com um produto.

Porém, hoje essa diferença finalmente foi esclarecida e amplamente abordada. A usabilidade se refere ao projeto, ao modo como pensamos o produto e o projetamos para se adequar às necessidades e anseios do GRUPO de usuários que definimos como nosso público alvo. Segundo KRUG (KRUG, Steve. Não me faça pensar) um dos grandes erros em um produto é tentar agradar a todos — têm-se uma boa usabilidade quando o produto é perfeito para um grupo específico para atender a necessidades específicas em um contexto específico.

Uma vez feito um protótipo do produto, após um primeiro teste e, por conseguinte uma primeira avaliação, têm-se uma experiência real da sua utilização e utilidade, podendo assim começar a ser mensurada a UX — Experiência do Usuário (user experience). Após as primeiras impressões e feedbacks, o produto poderá ser aprimorado e se aproximar cada vez mais ao que realmente deseja o usuário, aumentando significativamente sua satisfação não só com o produto, mas com a marca — aí entramos em um conceito de CX (customer experience).

Portanto, o UX e a usabilidade cada vez mais são reconhecidamente conceitos distintos mas dependentes, pois dificilmente ter-se-á uma UX satisfatória se não trabalharmos de uma maneira eficaz e eficiente no projeto de usabilidade do produto. Vale ressaltar que estamos falando de projetos de novos produtos, uma vez que a usabilidade também pode ser aplicada na releitura de produtos, melhorando o grau de satisfação do cliente.